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Já ouviu falar de "ugly Christmas sweater"? A história do suéter "feio" de Natal


Não é tradição aqui no Brasil - e dificilmente será, já que em muitas cidades do país comemoramos o feriado de Natal acima dos 30ºC. Mas, em muitos países de cultura inglesa, na última década, o suéter de Natal (o chamado "ugly Christmas sweater") se incorporou firmemente à cultura natalina.



Mesmo não sendo comum por aqui, claro que já vimos muitos desses modelitos. Em meados de dezembro o Instagram fica lotado de fotos dos gringos vestindo um suéter aparentemente de lã, em tons de vermelho, branco e verde com alguma estampa natalina - boneco de neve, Papai Noel ou uma rena.


O look parece que já se tornou parte essencial das festas de fim de ano no hemisfério Norte. É chamativo? Sim. Um pouco brega? Também. Mas parece muito divertido. Gostaria que essa moda pegasse por aqui nos meses de inverno.


Os pulôveres com tema de Natal começaram a aparecer na década 50 no Reino Unido e nos Estados Unidos. Inicialmente eram chamados de "Suéteres Jingle Bell" e não eram tão espalhafatosos quanto as versões de hoje. De início, não tiveram tanto sucesso. Foi somente durante os anos 80 que ganhou popularidade. A mudança veio graças à cultura pop, com personagens como Clark Griswold de Chevy Chase em "National Lampoon's Christmas Vacation" transformando o suéter natalino em uma expressão de alegria e muito usados ​​em festas de escritório e no dia de Natal.


Foto: jingle bell sweaters nos anos 50.


Entretanto, na década de 1990, o suéter de Natal perdeu popularidade novamente; era algo que apenas seus parentes mais velhos fora de moda pensariam em usar ou presentear. E, na virada do novo milênio, a peça era considerada um acidente de percurso de estilo duvidoso: em uma cena do Diário de Bridget Jones de 2001, Mark Darcy de Colin Firth se vira para cumprimentar Bridget em uma festa de família vestindo uma roupa de malha com uma rena gigante de nariz vermelho, Bridget fica horrorizada! Nós também, provavelmente. Mas, de qualquer forma, sorrimos. E esse é o chamado "poder reconfortante do suéter feiro de Natal".



De acordo com o "Livro da festa de suéter feio de Natal: o guia definitivo para ficar feio", as festas de suéter de Natal começaram bem na época em que Bridget estava recuando diante da roupa de Darcy. O primeiro encontro temático ocorreu em Vancouver, British Columbia, em 2002, disse Brian Miller, um dos autores do livro e fundador da loja online https://www.uglychristmassweaterparty.com/ em entrevista à CNN. "É difícil dizer o que desencadeou a mudança de perspectiva, mas acho que no momento em que alguém vestiu a roupa de uma forma divertida, as pessoas começaram a ver o lado cômico disso e a pensar 'essa coisa no fundo do armário pode ser divertida , em vez de algo horrível que ninguém quer '", disse ele.


Desde então, a popularidade do suéter só cresceu. Na década seguinte, a roupa evoluiu para "uma nova tradição de férias". Era possível encontrar um modelo de suéter de Natal desde lojas de fast fashion até nos varejistas sofisticados, como a Nordstrom. Em 2007, por exemplo, Stella McCartney lançou um suéter alpino com o tema do urso polar; em 2010, veio a Givenchy, e a Dolce & Gabbana no ano seguinte.


Foto: coleção outono-inverno Stella McCartney de 2007.


Em 2012, um ano chave para a mania de suéteres feios, a instituição de caridade do Reino Unido Save the Children lançou o Christmas Jumper Day, um evento de arrecadação de fundos que incentiva as pessoas a vestirem seus suéteres. O jornal britânico The Telegraph descreveu o item como "o item obrigatório desta temporada", enquanto o New York Times noticiou sobre corridas e visitas a pubs com o tema de suéteres de Natal, e lojas virtuais especializadas crescendo nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, as malhas começaram a ganhar mais estampas e detalhes criativos.


As celebridades também abraçaram a tendência. O apresentador Jimmy Fallon até começou com um quadro especial de final de ano chamado 12 Days of Christmas Sweaters - "12 Dias de Suéteres de Natal", que vai ao ar até hoje!



Curiosidade: entre 2012 e 2015, as pesquisas online por “ugly Christmas sweater” aumentaram 200%!!!!


Obviamente, a ascensão das mídias sociais apenas aumentou o status do suéter de Natal. Hoje, nos países que curtem o feriado de Natal no inverno é possível encontrar milhões de versões do look, dos mais caros aos mais baratos. De acordo com Miller, "as malhas feias podem ser usadas por qualquer pessoa - desde minha filha no concurso de suéter feio da escola dela até funcionários de escritório em sua festa de fim de ano. Eles são democráticos. E são muito divertidos. O Natal pode ser muito estressante - vestir algo ridículo pode ajudar a aliviar a pressão."


Precisamos já pensar em uma versão de verão para o nosso Natal! 😉



Fonte: CNN

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